segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amarante - Como chegar

Maior parte dos portugueses, não sabe onde fica este concelho tão bonito: Amarante.
Como tal, iremos disponibilizar uma página onde poderão ficar a saber alguns dos percursos mais rápidos para chegar a Amarante a partir de vários pontos do país.

http://www.amarante.pt/turismo/index.php?op=mapa&pid=122&niv=n1&lang=pt

Mapa da Amarante:

Alojamento: Onde ficar...

É vasta a oferta de alojamento em Amarante. Residenciais, hotéis, casas de Turismo de Habitação e também um Hotel de Charme.

Hotéis

Amaranto ***
Rua Acácio Lino, lote 53
4600-045 Amarante

T. (+351) 255 410 840
F. (+351) 255 410 849

Navarras ***
Rua António Cândido
4600-049 Amarante

T: (+351) 255 431 036
F: (+351) 255 432 991

Estalagem e Albergaria

Casa da Calçada ****
Largo do Paço, 6
4600-017 Amarante

T. (+351) 255 410 830
F. (+351) 255 426 670

www.casadacalcada.com

Albergaria Dona Margarita ****
Rua Cândido dos Reis, 53
4600-055 Amarante

T. (+351) 255 432 110
F. (+351) 255 437 977

Hospedarias

Hospedaria do Tâmega
Rua de Estrada Real
4600-078 Amarante
T. (+351) 255 433 111

Residenciais

Estoril
Rua 31 de Janeiro, 49
4600-043 Amarante

T. (+351) 255 431 291

Raposeira
Largo Conselheiro António Cândido
4600-029 Amarante

T. (+351) 255 432 221

Zé da Calçada
Rua 31 de Janeiro
600-043 Amarante

T. (+351) 255 426 814

Sampaio
Boavista-Telões
4600-756 Amarante

T. (+351) 255 449 250

Parque de Campismo

Peneda da Rainha
Rua Pedro Alvellos
4600-099 Amarante
Aberto de 1/02 a 30/11

T. (+351) 255 437 630
F. (+351) 255 437 353
E. ccporto@mail.telepac.pt


Turismo de Habitação

Casa de Pascoaes
São João de Gatão
4600-632 Gatão AMT

T. (+351) 255 423 953 (+351) 255 422 595

Casa da Levada
Travanca do Monte, Cx. 715,
4600-530 Bustelo AMT

T. (+351) 255 433 833 (+351) 226 181 516
Tel. (+351) 934 244 644 (+351) 936 472 946
F. (+351) 255 433 833
E. contacto@casalevada.com
URL http://www.casalevada.com

Casa do Carvalhal
Carvalhal
4600-652 Sta. Maria de Jazente - AMT

T/F. (+351) 255 422622 / (+351) 226 174 018
Tel: (+351) 965 092 358

Turismo Rural

Casa da Pedra
Lugar da Pedra
Vila Chã do Marão,
4600-801 Amarante

T/F. (+351) 255 422 997 (+351) 255 423 536
Tel. (+351) 965 475 277
URL http://www.casadapedra.com.pt

Casal Aboadela
4600-500 Aboadela

T/F. (+351) 255 441 141
Tel (+351) 938 469 346

Quinta de Carcavelos
4605-115 Mancelos

T. (+351) 255 734 426
Tel (+351) 938 625 748
F. 255 734 972
E. infor@quintadecarcavelos.com

Quinta do Queirão
Queirão, Travanca, 4605-473 Travanca

T. (+351) 255 733 940
F. 255 733 940

Quinta de Ribas
Quinta de Ribas - Vila Chã
4600-801 Amarante

T (+351) 255 422 113
Tel. (+351) 916 209 112
E. catherine.leite@clix.pt
URL http://pagesperso-orange.fr/quintaderibas/

Quinta de São Faustino de Fridão
São Faustino, 4600-620 Fridão

T. (+351) 255 410 860
Tel (+351) 914 934 577
F. (+351) 255 410 869

Casas de Campo

Casa de Infesta
São Simão de Gouveia, 4600-741 Amarante

T. (+351) 255 423 282 (+351) 253 412 057
Tel. (+351) 939 44 34 57

casadeinfesta@amguedes.com

Quinta de Palmazões
Palmazões
4600-624 Gondar AMT

T. (+351) 255 437 910
Tel. (+351) 935 072 224

Agro-Turismo

Solar de Passinhos
4600-790 Vila Caiz – AMT

T/F. (+351) 255 739 894
E. solardepassinhos@clix.pt

Pousada

S. Gonçalo
Curva do Lancete-Ansiães
Apartado 286
4604-909 Amarante

T. (+351) 255 460 030 (+351) 255 461 353

Rotas de Montanha: Para quem gosta de caminhar...

Rota do Marancinho

“Rota do Marancinho”, no concelho de Amarante, deve a sua designação ao facto de uma boa parte do percurso se desenrolar junto à ribeira com o mesmo nome, por um lado, e, por outro, porque o topónimo “Marancinho” (Marãozinho) faz lembrar o Marão, uma das grandes referências do património natural desta região.

Com início e termo junto à igreja românica de Gondar e desenvolvendo-se em território das freguesias de Gondar, Lufrei e Vila Chã, este percurso, de mais de seis quilómetros, faz-se, em grande parte, por caminhos e veredas ancestrais, incluindo um belo troço da antiga via romana que, por Amarante, ligava Tongobriga (perto de Marco de Canavezes) ao santuário rupestre de Panóias (a escassos quilómetros da cidade de Vila Real).

Alternando entre o vale e a montanha, decorrendo ora por entre culturas e pastagens, ora por entre matagais e pequenos bosques de pinheiros, sobreiros e castanheiros, o itinerário integra, não apenas uma fauna e flora rica e variada, mas também vários exemplares do património histórico-cultural da região, alguns deles classificados, destacando-se a igreja românica de Gondar e os vestígios da milenar via romana. A Rota do Marancinho, sublinhe-se, constitui um percurso registado e homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo .

Rota de S.Bento

Rota de São Bento, com início na praia fluvial de Rua, Aboadela, desenvolve-se, em circuito, ao longo de 12 km, nas freguesias de Aboadela, Sanche, Olo, Vila Chã e Gondar.

Após a passagem pela freguesia de Sanche, chegamos ao lugar de Cruzeiro, Gondar. O percurso passa por um antigo troço da via romana, junto à ribeira de Marancinho, onde se pode ainda observar um pontão romano sobre a ribeira e umas dezenas de metros da via, amparada, devido à inclinação do terreno, por um robusto muro de suporte. A via seguia por Sanche, transpondo o rio Ovelha no lugar de Rua, para depois atravessar o Marão pela Lameira e continuar em direcção a Panóias.

Seguidamente, um caminho íngreme, leva-nos ao topo da montanha, a 550 metros de altitude, no lugar dos Picotos.

Chegados ao cimo, avistando já terras de Basto a um lado e, numa sucessiva ondulação de relevos, as serras do Marão e Aboboreira a outro, seguimos pelo cume da colina até entrar, uns 1500 metros à frente, num secular caminho, provavelmente dos finais da Idade Média, enriquecido por uma fauna e flora diversificadas e onde poderemos, com um pouco de sorte, ser surpreendidos por algum esquilo trepando velozmente o tronco de uma árvore ou observar a terra remexida, durante a noite, pelos javalis na procura dos seus alimentos. No final deste simpático caminho e depois de passar pelas ruínas duma vetusta estalagem que servia de apoio aos viajantes e almocreves na sua longa e dura travessia do Marão, sobe-se, por um caminho aberto sobre a antiga via medieval, até à capela de S. Bento, onde, perante uma deslumbrante paisagem sobre o vale de Aboadela e as encontras agrestes da serra do Marão e rodeados por uma vegetação autóctone onde predomina a carqueja, o tojo e a urze, podemos, numa atitude terapêutica, recuperar as forças e retemperar o espírito para o resto da caminhada.

Depois, por caminhos florestais que serpenteiam a encosta, inicia-se a descida para o vale de Aboadela até entrar, já no vale, num velho trilho que, em ambiente bucólico por entre campos laboriosamente trabalhados, nos leva até às águas puras e cristalinas do rio Ovelha. Atravessado o rio e o IP4, chega-se finalmente, a um dos pontos altos deste percurso – o lugar da Rua, ou melhor, Ovelha do Marão. Este lugar, cujas origens se perdem no tempo, é o mais emblemático deste percurso.

Carregado de história e de estórias, constitui um conjunto arquitectónico que pela sua simplicidade e rusticidade surpreende qualquer visitante. Sede de Ovelha do Marão que, em tempos, já foi beetria, honra e concelho, conserva, no seu pelourinho, símbolo da autonomia local, constituído por uma coluna cilíndrica assente numa base com três degraus de acesso e encimada por um tabuleiro quadrangular sobre o qual pousa o remate em forma piramidal, num cruzeiro seiscentista, na ponte de estilo românico, na fachada de uma pequena capela renascentista e na antiga Casa da Câmara, as memórias desse passado de glória.

Terminada a visita a este histórico lugar, regressamos ao ponto de partida.

Itinerário da Lameira

Os percursos da Lameira convidam a um atento e cuidadoso passeio pela montanha, pois o rasto, quase imperceptível, de algumas espécies pode surgir-nos a qualquer momento.

Entre clareiras verdejantes e matos fechados, o ribeiro de Leijido desenha cenários naturais de excelência para o javali, cuja presença se detecta pelas inúmeras fussadas que faz na camada superficial do solo, em busca de tubérculos, raízes e insectos para se alimentar.

Auscultando a natureza, apure a vista e o ouvido para detectar várias espécies de pássaros. Se necessário, use binóculos e um guia de campo e identifique o tendilhão, o pardal-montês e o chamariz, pequenas e graciosas aves que se alimentam de grãos, de sementes e dos frutos das coníferas, exemplar da flora predominante no Parque, entre pinheiros-silvestres, abetos e lariços. Mas se, por perto, ouvir um canto semelhante a uma gargalhada, ou o bater do bico no tronco de uma árvore, não duvide, trata-se de um pica-pau verde.

Neste itinerário de curta duração não deixe de observar o agradável bosque de bétulas ou vidoeiros, a que o povo chama de “noivas da floresta” pela coloração esbranquiçada do seu tronco, e usada em diversas aplicações na medicina popular como depurativo, como cicatrizante ou para queda de cabelo. Porém, com um olhar mais atento, é possível detectar pequenos montículos de terra, testemunhos da presença da toupeira, um mamífero insectívoro de hábitos nocturnos e solitários.

O miradouro é o ponto mais elevado do percurso e local de paragem, a meia encosta, na subida para o parque eólico de Pena Suar. Daqui, observe o belo recorte da aldeia de Covelo do Monte, entre retalhos primorosamente encaixados de campos verdejantes dominados pela dureza altiva das cristas quartzíticas, que afloram junto ao parque eólico e se impõem a toda a região.

Afastando-nos do bosque (itinerários de média e longa duração), entramos no domínio dos matos de altitude, da carqueja, excelente para uso culinário e para a preparação de chás, da giesta, do tojo e da urze. Esta última, além de fundamental para a produção do mel da região, dá as suas flores para resolver infecções renais, tosse, esgotamentos nervosos, entre outros males.

Entre os matos de altitude está o ambiente dos répteis, facilmente observáveis no Verão, expondo-se ao sol nas fragas desnudadas de solo e vegetação. Para além dos lagartos, são comuns a cobra-lisa-bordalesa, a cobra-de-escada, a cobra-rateira e a víbora-cornuda. Este habitat ainda acolhe o coelho-bravo, com hábitos crepusculares e/ou nocturnos, cujas latrinas são a forma mais fácil de detectar a sua presença. Planando nos céus, observam-se aves de rapina, como a águia-d’asa-redonda, a mais frequente, o açor e o peneireiro.

As minas desactivadas de Fonte Figueira (Pedrado) merecem muita atenção. Outrora local de intensa exploração mineira, cujos vestígios são observáveis pela encosta que sobe até ao vértice geodésico da Neve, ainda subsistem, entre a vegetação, algumas aberturas de acesso às galerias subterrâneas. Desafio à aventura mas perigo para os mais incautos, o melhor é seguir o trilho marcado.

De caminho até à Senhora da Moreira, promontório e miradouro de vista excelente e vasto horizonte, repare-se num enorme afloramento granítico, de onde, segundo a tradição, saiu a pedra para a construção do mosteiro de S. Gonçalo.

Conhecer Amarante: Monumentos

Amarante não é cidade de uma só leitura. Olha-se Amarante - isto é particularmente verdade a certas horas do dia - e tem-se uma impressão muito nítida de que é o religioso que infunde carácter à cidade. Talvez a dimensão que ganha, no conjunto urbano, o monumental convento de São Gonçalo. Talvez a proximidade do rio e da serra, habitat das divindades de homens de outras eras. Talvez as duas coisas juntas. Seja o que for, a ideia que se colhe é mesmo essa: estamos num lugar que se define pelo religioso. A história não desmente esta impressão, antes a confirma.

É usual afirmar-se que a cidade de Amarante assenta a sua malha em território de três freguesias: Amarante - S. Gonçalo, Cepelos e Madalena. Actualmente, porém, é difícil definir com rigor os limites da sua área, já que o crescimento urbano determinou a ocupação de solo muito para além das fronteiras tidas por tradicionais.

O que não mudou, na urbe, foi o seu Centro Histórico, recheado de património arquitectónico, onde se incluem os emblemáticos mosteiro e ponte de S. Gonçalo. Emblemáticas são também algumas das ruas do interior do Centro Histórico, como é o caso da 31 de Janeiro (Covelo), 5 de Outubro ou do Seixedo. Amarante é cidade desde 8 de Julho de 1985, rondando a sua população os 12 mil habitantes.



Estilo Românico

As terras portuguesas entre Douro e Minho tiveram um papel decisivo em realizar o seu próprio românico que vinha de Compostela por meio de Tui, diocese que teve domínios no Alto Minho e proporcionou esse estilo compostelano para convertê-lo em algo próprio e autóctone e muitas vezes independente dos culturismos artísticos santiagueses. Mas dentro da grande área geográfica Minho-Douro, encontramos pequenas áreas delimitadas por montes e rios como são o Marão e o Tâmega em terras de Amarante. Aqui encontramos linhas novas, de um românico diferenciado das formas originárias, produto do meio e dos construtores locais.

Cumpre sublinhar que Amarante não era uma povoação desconexada ou marginalizada para ser receptora do próprio formato compostelano, antes pelo contrário. Por ela passavam as grandes vias romanas que partiam de Lugo e Astorga para o Porto e Coimbra, passando por Braga e Guimarães.


Em Amarante podemos localizar duas áreas do românico muito bem definidas em cada uma das margens do Tâmega. A da direita encontrámo-la arqueologicamente mais rica: Travanca, Mancelos, Real, Telões, Freixo de Baixo e Gatão, onde encontramos um românico de linhas universais com certos matizes, produtos do próprio meio. Essa pequena carga de formas rurais da época enriquece o conteúdo conjuntural destas igrejas.

Na margem esquerda do Tâmega encontramos um românico com certa pobreza e rasgos simplistas como é o caso de Lufrei, estruturado num formato que nos diz estar reduzido a pobres recursos, tanto económicos como materiais. Inclusive nos confunde com planificações espaciais pré-românicos ou de cenóbios de influência mozárabe, como no caso de Gondar.

São da Idade Média as construções mais significativas edificadas em zonas rurais: as igrejas românicas de Gondar, Lufrei, Freixo de Baixo, do Mosteiro de Travanca, de Jazente, de Gatão..., constituindo o que de melhor aquele estilo arquitectónico legou à Península Ibérica.

Se algum estilo arquitectónico domina na região de Amarante, esse é certamente o Românico. Na verdade, existe uma rede importante de monumentos românicos espalhados pela região, atestando a importância desta e a passagem por ela dos célebres caminhos de Santiago. Era em lugares desertos ou em encruzilhadas na periferia de zonas habitadas que se erguiam, servindo de lugares de reunião, acolhimento e deseja. Alguns tiveram uma vida efémera, não resistindo à passagem dos anos. Outros porém resistiram, fixando comunidades regulares de ordens monásticas.

O Românico é um estilo muito "marcado", que reflecte o meio onde se edifica e a arte dos operários que lhe dão corpo. Em região granítica como esta, abunda a matéria-prima para este estilo robusto e sóbrio.

Pela qualidade e quantidade de monumentos, vale a pena fazer o itinerário do Românico e admirar pórticos, arcos, tímpanos e capitéis com a sua ornamentação «pedagógica»: como o homem medieval não sabia geralmente ler, «lia» naquelas ornamentações passos edificantes, cenas bíblicas, etc, «explicadas» através de uma simbologia baseada no mundo rural envolvente. Podem distinguir-se, na região de Amarante dois núcleos de Românico bem diferenciados, um em cada margem do rio. Na margem direita, temos construções mais exuberantes, de que são bons exemplos o mosteiro de Travanca, a igreja de Mancelos, a igreja de Real, a igreja de Telões, o mosteiro de Freixo de Baixo e a igreja de Gatão. Na margem esquerda, com menos recursos económicos e de matéria-prima, os monumentos são mais modestos merecendo ainda assim visita a igreja de Jazente, a igreja de Lufrei e o mosteiro de Gondar.

Note-se que os vestígios da Idade Média não se esgotam nas igrejas e mosteiros. Existem bons exemplares de arquitectura civil, sepulturas e imaginária. Note-se finalmente que os concelhos vizinhos de Amarante, ribeirinhos do Tâmega e do Sousa, são também muito ricos em Românico, constituindo na sua globalidade um conjunto de enorme importância para o estudo desse estilo em Portugal.

Na cidade pode dizer-se que o edifício que sobressai é o Mosteiro de S. Gonçalo, cuja Igreja é visita indispensável para qualquer peregrino ou turista. Mas, a verdade é que o Centro Histórico reúne um conjunto notável de edifícios e monumentos, de que se destacam as Igrejas de S. Pedro e S. Domingos.




Onde comer...

A gastronomia amarantina é muito variada, desde os pratos mais típicos, comidos em pequenas churrasqueiras, a pratos mais elaborados servidos nos hoteis do concelho. alguns restaurantes a visitar:

Restaurante “A Grelha”
Avenida 25 de Abril
4600 – 014 Amarante

T. (+351) 255 431 272

Restaurante “A Quelha”
Rua de Olivença
4600 – 095 Amarante

T. (+351) 255 425 786

Restaurante Avião
Largo Conselheiro António Cândido
4600 – 029 Amarante

T. (+351) 255 432 992

Restaurante da Casa da Calçada
Largo do Paço, n.º 6
4600 – 017 Amarante

T. (+351) 255 410 830

http://www.casadacalcada.com

Restaurante Campismo
Rua Pedro Alvellos
4600 – 099 Amarante 255 432 454

T. (+351) 255 432 454

Restaurante Carnes e Brasas
Av. General Silveira – Fracção AB
4600-106 Amarante

T. (+351) 255 425 350
F. (+351) 255 425 351

Restaurante Amaranto
Rua Acácio Lino
4600 – 045 Amarante

T. (+351) 255 422 006

Restaurante Estoril
Rua 31 de Janeiro, 49
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 431 291

Restaurante Lusitana
Rua 31 de Janeiro
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 426 720

Restaurante Nazaré
Rua 31 de Janeiro
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 426 814

Restaurante Nova Estrela
Rua 31 de Janeiro
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 432 278

Restaurante Pereira
Largo de Stª Luzia
4600 – 035 Amarante

T. (+351) 255 426 186

Restaurante O Pescador
Avenida General Silveira
4600 – 017 Amarante

T. (+351) 255 422 004

Restaurante Príncipe
Largo Conselheiro António Cândido
4600 – 029 Amarante

T. (+351) 255 431 009

Restaurante Raposeira
Largo Conselheiro António Cândido
4600 – 029 Amarante

T. (+351) 255 432 221

S. Gonçalo
Praça da República
4600 – 038 Amarante

T. (+351) 255 432 707

Tasquinha da Ponte
Rua 31 de Janeiro
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 433 715

Zé da Calçada
Rua 31 de Janeiro
4600 – 043 Amarante

T. (+351) 255 426 814

100 Papas
Av.ª Alexandre Herculano
4600-015 Amarante

Tel. (+351) 918 312 012

Casa Maria Alice
Todeia
4615-220 Telões AMT

T. (+351) 255 482 104

Casa Silva
Larim
4600-642 Gondar

T. (+351) 255 441 484

Churrascaria S. Pedro
Avenida Nova
4605-373 Vila Meã
T. (+351) 255734481

Quinta da Lama
Quinta da Lama, Real
4605-373 Vila Meã

T. (+351) 255 733 548

Paisagens de Amarante
Urbanização do Outeiro
4600-222 Amarante

T. (+351) 255 437 484

Entre outros

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Gastronomia





Foi a situação geográfica de Amarante que condicionou a sua gastronomia. Por um lado, está situada na charneira entre o Minho e Trás-os-Montes. A sua comida comunga assim das características de ambas as províncias. Por outro lado, atravessava Amarante a estrada real entre o Porto e o interior transmontano. Aí paravam, para retemperar forças, viajantes sujeitos a penosas viagens de liteira, diligência ou a cavalo. O facto é que, ainda hoje, a cozinha amarantina é baseada em pratos substanciosos, como o cabrito serrano, a vitela arouquesa e maronesa, as feijoadas, as tripas, o cozido à portuguesa, o bacalhau... Para variar, a delicadeza de umas trutas pescadas nas cachoeiras do Tâmega e o requinte de um fumeiro bem temperado.

Ficaram célebres os bacalhaus à Zé da Calçada e à Custódia que, em tempos idos, eram as duas mais importantes casas que disputavam entre si a clientela, procurando apresentar cada qual o melhor bacalhau. (O bacalhau à Custódia não dá hoje por esse nome, mas, sob qualquer outra designação, deve corresponder a uma das muitas maneiras de cozinhar o bacalhau ainda presentes na gastronomia de Amarante).

Célebre também o arroz de frango, vulgarizado pelas monjas de Santa Clara, advogada das pessoas com dificuldades de fala, a quem eram oferecidas, em pagamento de promessas, inúmeras aves de capoeira (que evocam, no seu cacarejar estridente, a desenvoltura na fala que as pessoas rogavam e obtinham da santa...). Ainda hoje é possível ver, umas vezes por outras, frangos e condessas com ovos junto da sua imagem, no Museu de Arte Sacra da Igreja de São Domingos!

Os ovos desempenham igualmente um papel importante na confecção da doçaria que vai bem com o vinho fino do Douro, produzido logo ali a sul. As gemas para os doces, as claras para a clarificação do próprio vinho... A doçaria nasce conventual, mas as Invasões Francesas, obrigando à retirada das clarissas, precipitam a sua difusão pelas famílias da vila e pelas lojas próximas do rio. Uma referência especial às pastelarias, que continuam a garantir a amarantinos e sobretudo a viajantes os deliciosos papos-de-anjo, foguetes, lérias e brisas do Tâmega que rivalizam em fama (diz-se em Amarante) com o convento e a ponte, sem esquecer, num passado não muito longínquo, Alcino dos Reis e a sua confeitaria "Casa das Lérias".

Praias Fluviais

São vários os cursos de água do concelho de Amarante, qualquer deles a proporcionar praias e locais para banhos. No rio Tâmega destacam-se as do Borralheiro e Gatão e a Praia Aurora, na cidade. No rio Olo, as de Olo; no rio Marão as de Aboadela, junto ao lugar de Rua, e no rio Carneiro as de Ovelhinha e Larim, em Gondar, e Real, em Vila Meã, oferecendo esta última espaços para desportos de praia, zona de lazer e bar.

1ª imagem - Praia Fluvial de Gondar
2ª imagem - Praia Fluvial de Gondar
3ª imagem - Praia Fluvial do Canadelo
4ª imagem - Parque de lazer do Odres

Vila Meã


Vila Meã, até Outubro de 1855, sede do concelho de Santa Cruz de Ribatâmega, é vila desde Dezembro de 1987. É o segundo maior núcleo populacional do município de Amarante e a sua malha urbana ocupa território das freguesias de Real e Ataíde. A Vila Meã, contudo, associam-se também as freguesias de Mancelos, Travanca e Oliveira.

A zona de Vila Meã, a que estão ligadas figuras como António Nobre e Agustina Bessa Luís (que ali nasceu), é das mais dinâmicas do concelho, com uma relevante actividade empresarial, que tem na indústria têxtil a sua maior expressão.

Museu de Arte Sacra

O Museu de Arte Sacra é pertença da paróquia de S. Gonçalo e está instalado na Igreja de S. Domingos. É constituído por cinco salas temáticas: Sala de Paramentária e Alfaias Litúrgicas; Sala de Artes Decorativas; Sala de Pintura-Pinoteca; Sala de Imaginária dos séculos XVI-XVII e Sala de Imaginária do século XIX. MUSEU PAROQUIAL DE ARTE SACRA DR LUIS COUTINHO Guião de visita 1. Sala de paramentaria e alfaias litúrgicas (1º Piso): entre as várias peças expostas, destacam-se um véu de ombros do século XVIII, em seda natural, bordado a fio de ouro. Das alfaias, destaque para um conjunto de cálice, patena e galhetas em prata branca e dourada, repuxada e cinzelada do século XVIII; uma Custódia em prata dourada e Minas Novas do século XVIII; o relicário do Santo Lenho em prata branca repuxada e cinzelada do século XVIII. 2. Sala das Artes Decorativas (1º piso): O acervo desta sala é composto por: azulejaria, talha, prataria e vidro. Destaque para uma jarra “Arte Nova” em vidro verde e metal; uma coroa de espinhos em prata branca do século XVIII e dois baixos-relevos do século XVII, o primeiro em talha estofada a ouro e policromada representando o martírio de S. Pedro; o outro em talha de madeira cor natural e representa S. Pedro em oração. 3. Sala de Pintura- pinacoteca (1º piso): De entre as várias pinturas expostas, relevo para dois quadros que formam um conjunto, a Anunciação e o Presépio, obras do séc. XVI-XVII. De referir ainda um quadro votivo (ex-voto) de 1744, relatando um milagre de São Gonçalo, ocorrido no Brasil. 4. Sala de Imaginária dos séc. XVI-XVIII (2º Piso): De salientar uma imagem de Cristo crucificado em tamanho natural do século XVI/XVII em madeira policromada. Referir ainda uma imagem de Sta. Apolónia do século XVII em madeira estofada a ouro e policromada. De salientar ainda duas imagens: Menino Jesus-Amor Divino em madeira dourada e policromada, e Sto. Amaranto em madeira estofada a ouro e policromada, ambas do século XVIII. 5. Sala de imaginária do século XIX (2º piso): De salientar duas imagens: Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Carmo, ambas em madeira estofada a ouro e policromada.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Museu Amadeo Souza-Cardoso



O Museu Amadeo de Souza-Cardoso, instalado no Convento Dominicano de S.Gonçalo, foi fundado em 1947, por Albano Sardoeira, visando reunir materiais respeitantes à história local e lembrar artistas e escritores nascidos em Amarante: António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Acácio Lino, Manuel Monterroso, Paulino António Cabral, Teixeira de Pascoaes, Augusto Casimiro, Alfredo Brochado, Ilídio Sardoeira, Agustina Bessa Luís, Alexandre Pinheiro Torres…

Pretendendo manter a lembrança do seu núcleo inicial e das suas colecções, com maior ênfase para a Arqueologia, a sua principal vocação é, porém, a Arte Portuguesa Moderna e Contemporânea, nomeadamente a pintura e a escultura.

Para além da exposição permanente e visando até suprir algumas das lacunas, o Museu organiza – com o objectivo de divulgar a Arte dos séculos XIX e XX – exposições temporárias, temáticas, ou monográficas, que se servem do seu acervo e das colecções oficiais ou mostram obras de artistas em actividade. Para tanto o Museu dispõe dos espaços da sala polivalente/mini-galeria para pequenas exposições (de desenho, fotografia, vídeo, design…) e da sala de exposições temporárias para mostras de maior dimensão.

De dois em dois anos o Museu organiza o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, abrangendo as várias expressões artísticas, com duas distinções em separado: uma incluída no concurso e outra de consagração.




Este ano, está a haver uma exposição chamada "Drive in Art Amarante 2010" que pretende dar a conhecer os trabalhos das escolas, subordinados ao tema Amadeo Souza Cardoso. O Externato de Vila-Meã deu a sua constribuição com um painel feito a partir dos trabalhos dos alunos.

Complexo Desportivo da Costa Grande

Inaugurado em 2002, com uma localização privilegiada no contexto urbano da cidade de Amarante, o complexo Desportivo da Costa Grande está implantado numa área de 14000 metros quadrados, confinado com rio Tâmega ao longo da sua margem esquerda e com a EN 312, distando menos de um quilómetro do centro da cidade.

Pensado para permitir a prática de diversas actividades desportivas, está dotado de espaços para disciplinas tradicionais, radicais e de lazer activo, de forma a envolver os mais variados grupos etários.

As modalidades tradicionais dispõem de uma pista de atletismo com seis corredores para provas de 100 metros e barreiras; pistas para três modalidades de saltos (altura, com vara e comprimento) e lançamento de pesos; três polidesportivos para desportos colectivos e um campo de ténis. No que toca a desportos radicais, existe uma parede de escalada, este complexo dispõe ainda de um parque infantil e um circuito de manutenção.

O Complexo Desportivo da Costa Grande contempla ainda bancadas para o público com 1300 lugares sentados, um edifício principal destinado a administração e balneários, sendo de destacar o facto de permitir a utilização simultânea por seis equipas, um bar/esplanada e um parque de estacionamento com capacidade para 43 veículos ligeiros e 2 autocarros.

Parque Florestal de Amarante




O Parque Florestal, debruçado sobre o rio e ocupando mais de 5 hectares de terreno, integralmente em território de Cepelos, é um dos ex-libris de Amarante. Começou a ser plantado em 1916 por iniciativa de António do Lago Cerqueira, tendo como objectivo principal a florestação do Marão e da serra da Meia Via, para onde forneceu milhares de árvores nos anos vinte do século passado.

Dos viveiros do parque voltariam a sair novamente milhares de árvores a seguir a 1985, na sequência do incêndio que, então, consumiu uma parte significativa da Serra do Marão.

Muito procurado, sobretudo no Verão, para lazer, passeios pedestres e desporto, o Parque Florestal de Amarante alberga no seu interior importantes espécies vegetais, como o Ginkgo, surgido há 200 milhões de anos e considerada a árvore mais antiga do mundo.

No interior do parque, em viveiros próprios, continuam a produzir-se muitas espécies arbóreas destinadas a florestação.

Paisagem Natural: Serra da Abobareira






A norte do rio Douro, nos contrafortes ocidentais do Marão e com toda a sua morfologia influenciada por duas linhas de água onde correm os rios Ovil e Fornelo, fica a Serra da Aboboreira. Eleva-se até uma altitude de 1 000 metros, sendo de destacar, pela sua importância, três pontos: o da Abogalheira, com 962 metros; o de Meninas, com 970 e o da Senhora da Guia com 972 metros.

Tem um clima marcadamente húmido, com uma precipitação média anual superior a 1 400 mm e uma temperatura média de 10 a 12,5ºC. Os verões são curtos, os invernos rigorosos, e os meses menos pluviosos são os de Julho e Agosto, se bem que, geralmente, instáveis.

A Serra da Aboboreira, foi povoada desde o Paleolítico Inferior (30 000 a.C.), época de que data o mais antigo achado ali recolhido - "um uniface de tipo acheuleuse, melhor diríamos um acheuleuse médio em caminho para o superior, talhado num calhau rolado de xisto metamórfico, um pouco micáceo e de cor acinzentada", (Afonso do Paço, 1979) - e apresenta inúmeros vestígios do Neolítico e da Idade do Bronze, datados de 2 500 a.C., como o dólmen de Chão de Parada. O povoamento mais intenso das aldeias da Aboboreira data do início da nacionalidade, com os seus habitantes a viverem exclusivamente da agricultura.

Não muito acidentada, estendendo-se por longos planaltos, a Aboboreira favoreceu, por isso, a ocupação do seu território. De facto, o povoamento, de tipo concentrado, fez-se desde longa data, tanto nos vales como nas zonas mais altas onde, todavia, as condições para a sobrevivência humana são menos favoráveis, quer pela agressividade dos invernos e dos ventos frios, constantes, que sopram do Marão, quer pelas dificuldades de acesso e de subsistência.
A maior parte do território da serra é coberto por vegetação rasteira (tojo, urze, giesta...), apresentando na periferia importantes conjuntos arbóreos de espécies nativas (carvalhos e castanheiros...) ou de introdução recente, como o pinheiro bravo ou o eucalipto.

Este tipo de vegetação alberga uma fauna de pequeno porte (aves de rapina, anfíbios, répteis, aves migradoras e mamíferos como o lobo, javali, raposa, coelho, doninha, fuinha, gato selvagem e lontra), para além de rebanhos colectivos de cabras e ovelhas e de gado bovino que, diariamente, procuram a sua alimentação nas planuras dos montes.

A Serra da Aboboreira ocupa em toda a sua extensão uma área total de 118,9 quilómetros quadrados, tendo uma população de 13 100 habitantes e uma densidade populacional de 110,1 habitantes/Km2. Distribui-se pelos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses e, em boa parte, as suas faldas assumem hoje características periurbanas, registando-se concentração de população, serviços, equipamentos e alguma indústria.

Assim não é, porém, nos núcleos centrais e tradicionais da serra, edificados entre os 500 e os 1 000 metros de altitude, que, estendendo-se por uma área aproximada de 50 quilómetros quadrados, têm uma população de 1 525 habitantes (12% do total da serra) e uma densidade de, apenas, 30,5 habitantes/quilómetro quadrado.

A agricultura e a pastorícia constituem a base das economias locais. A primeira tem associados dois sistemas dominantes, conformes ao tipo de paisagem: um de minifúndio, de meia encosta, chamado várzea, de policultura intensiva, em que o vinho verde, o milho, as hortícolas e as fruteiras são as principais culturas; outro, de montanha, em que a criação de gado em regime extensivo e a exploração florestal predominam.

Nos povoados serranos as parcelas cultivadas dispõem-se nos pequenos vales que acompanham as linhas de água. Junto a cada aglomerado avista-se uma área de pastagens e, no limite destas, é costume encontrarem-se pequenos bosques com espécies nativas.

Os campos não são bordeados com vinha, mas com sebes. A exploração pecuária tem um peso significativo no rendimento dos agregados familiares com a venda dos animais para abate.
A agricultura e a pecuária, de resto, são interdependentes. A agricultura propícia a pecuária pelos pastos e cereais que cria, e esta, por sua vez, vai buscar as "camas" para o gado às folhadas da floresta ou às leguminosas dos matos que depois são transferidos (em misturas com estrumes e chorumes) para o solo arável das zonas cultiváveis onde, incorporados, vão melhorar a fertilidade dos solos.

Neste processo emerge, na Aboboreira, ao lado do homem, como força de tracção, o bovino autóctone da raça arouquesa, que faz o trabalho e produz vitelos de qualidade criados em zonas de pastagem ou áreas de baldio. Serra com riqueza florística, a apicultura é uma actividade em expansão na Aboboreira, onde se produz mel de óptimas características organalépticas.

Paisagem Natural: Serra do Marão






A Serra do Marão é uma formação montanhosa de origem xistosa e granítica, de formas abruptas, que atinge no seu ponto mais alto - a Senhora da Serra - os 1 415 metros. Distribuída pelo território dos distritos do Porto e Vila Real, faz a separação entre o Douro Litoral e Trás-os-Montes e constituiu, durante muitos anos, uma barreira difícil de transpor e que muito condicionou a mobilidade dos que moravam "para lá do Marão" (Trás-os-Montes). Hoje, é rasgada de poente para nascente pelo I.P.4 (Itinerário Principal nr. 4) que a aproxima do litoral português e de Espanha.

Integrando a cadeia montanhosa que se prolonga pelo Alvão, a Serra do Marão tem uma área aproximada de 20.000 hectares, 75% dos quais constitui terreno baldio que se espalha pelos concelhos de Amarante, Baião, Vila Real, Mesão Frio, Santa Marta de Penaguião e Régua.
"Bem alto é o Marão e não dá palha nem grão", diz o aforismo popular. Não dá, de facto, sobretudo a partir da quota dos 300 metros, mas a serra apresentou já enorme riqueza florestal, em boa parte dizimada por um violento incêndio ocorrido em Setembro de 1985. Ao todo, arderam então 3.000 hectares de floresta e mato (uma área equivalente a 300 campos de futebol!).

O que ardeu na serra do Marão foram, sobretudo, grandes manchas de pinheiro bravo, resultantes da florestação efectuada a partir dos anos 30, muitas vezes de "armas em punho", para quebrar a resistência das populações serranas que receavam pela perda das pastagens. Nessa altura a florestação era feita por sementeira, gastando-se 50 quilos de penisco por hectare, de que resultavam manchas espessas e bastas, mas muito expostas em caso de incêndio pela matéria combustível que forneciam. A opção, quase única, pelo pinheiro, sendo considerada boa em termos económicos por causa da madeira e porque se trata de uma espécie pouco exigente quanto à natureza dos solos, e muito resistente aos ventos, revelar-se-ia desajustada noutros aspectos.
Depois do incêndio de Setembro de 1985, e quando se pensou na reflorestação da serra, logo se concluiu pela necessidade de adopção de uma filosofia diferente, numa tentativa de levar a floresta a criar as suas próprias defesas.
O renascer do Marão começou em 1988/89, com a implementação do Plano de Acção Florestal, no qual foram gastos de 355.000 contos, tendo como área de intervenção 2.694 hectares, para onde foram elaborados 6 projectos distintos, o de menor dimensão com 143 hectares e o maior com 798 hectares. Os projectos para os cerca de 3.000 hectares a florestar tiveram sempre em conta a existência de linhas de água e toda a acção assentou nas respectivas bacias hidrográficas, donde se partiu, decorrendo os trabalhos entre as quotas dos 400 e dos 800 metros. Para baixo existem as aldeias serranas e, para cima, as chamadas zonas de protecção onde se faz a gestão dos matos e existem precipitações ocultas que propiciam excelentes pastagens de Verão. É também nas quotas mais altas que se procede à criação de "mosaicos" com fogos controlados de Inverno.

Em 1993, a serra do Marão tinha já recebido 4,5 milhões de novas árvores segundo concepções inovadoras e depois de ponderados factores como a natureza dos solos, a altitude ou a penetração dos ventos. A maioria delas são folhosas, como o carvalho e o castanheiro, embora as resinosas, casos dos pinheiros bravo ou larício (conforme a altitude) tenham também uma presença significativa.

A opção pela predominância das folhosas visa dar à serra a possibilidade de criar as suas próprias defesas, prevenindo a propagação dos incêndios. É que, no Verão, as folhosas impedem a existência de fotossíntese ao nível do solo (as folhas impedem a passagem dos raios solares), obstando ao crescimento dos matos. De Inverno, com o cair das folhas, a fotossíntese proporciona o aparecimento de ervas. Não existindo matos, é muito difícil o alastramento dos fogos.

As plantações visaram, também, numa perspectiva genérica, repor o equilíbrio ecológico da serra, razão porque se recorreu a espécies diversificadas, ora criando manchas de uma só, ora misturando várias. E porque o equilíbrio passa ainda pelo regresso das espécies animais, procurou-se também recriar habitats e restabelecer as tradicionais cadeias alimentares. E se não há já muitas esperanças de que as corças voltem a povoar consideravelmente a serra (embora ainda lá existam alguns exemplares), é possível criar condições para que volte a caça e, sobretudo, as aves se "sintam em casa". Nesse sentido foi feito também o plantio abundante de produtores de baga, como o medronheiro, o zimbro, o azevinho ou a cerejeira brava.

Mas, até que as árvores plantadas atinjam a idade adulta vão passar-se muitos anos. Para se ter uma ideia, basta dizer que o corte final, no que se refere a pinhal, está previsto para o ano de 2039 e o de soutos para 2139!

A reflorestação a que se procedeu no Marão, e que urge preservar, foi feita numa perspectiva multidisciplinar, que incluía o estudo e investigação, mas que visava também preparar a serra para o "embate" da abertura da auto-estrada Porto/Amarante, pensando-a, estrategicamente, como o (futuro) grande pulmão da Área Metropolitana do Porto, onde vive mais de um milhão e meio de pessoas. E foi assim que se abriram estradas a cotas diversas, se criaram miradouros e zonas de merendas, com água e "cozinhas" de montanha.
O estabelecimento de pontos de água na serra tem sido uma preocupação dos municípios por onde o seu território se estende, de forma a que, em caso de novo incêndio, se possam abastecer helicópteros e autotanques. Assim, aproveitando linhas de água, criaram-se pequenas barragens cujas albufeiras permitem também zonas de lazer e banhos, funcionando ainda, em alguns casos, como "viveiros" de trutas, peixe que encontra nas águas da serra óptimos habitats.

As partes mais altas do Marão nunca permitiram a fixação de população, mas nas suas faldas cresceram muitas aldeias, cujos habitantes procuravam "nas alturas" e numa agricultura de minifúndio a sua subsistência. A serra proporcionava pasto a imensos rebanhos e dos baldios traziam as populações madeiras e lenhas. Com o 25 de Abril e a entrega da gestão dos terrenos baldios às comunidades, estas aproveitaram as verbas dos cortes de madeira para melhorar a sua qualidade de vida, criar equipamentos e infra-estruturas nas povoações.

Da serra, porém, as povoações não tiravam apenas dividendos com a pastorícia ou as madeiras. Na florestação, que se iniciou em 1916, empregaram-se muitos braços "serranos" e as minas de volfrâmio, que a segunda guerra mundial alimentou, absorveram também, durante vários anos, muita mão-de-obra.

A propósito de baldios, diga-se que a serra do Marão é das que maior área comunitária oferece no país. O baldio de Ansiães (freguesia do concelho de Amarante), por exemplo, tem uma área de 2 500 hectares!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Brasão do Concelho

São os seguintes os símbolos heráldicos do Município de Amarante.

Brasão - De vermelho, leão rampante de prata, empunhando na dextra um feixe de três setas de prata, atados por uma fita de ouro perfilada de negro, sustido por uma ponte de prata de três arcos, ameada, perfilada e lavrada de negro, movente dos flancos e sainte de um ondado de prata e azul em ponta.

O escudo é circundado pelo colar da Ordem da Torre e Espada. A Coroa mural é constituída por cinco torres de prata. O Listel branco é composto pelos dizeres a negro Amarante.

Bandeira – Gironada de verde e branco, cordões e borlas de prata e verde, haste e lança de ouro.

Selo branco – Circular, tendo ao centro as peças do escudo, circundadas por dois círculos concêntricos, entre os quais corre a legenda em maiúsculas “CÂMARA MUNICIPAL DE AMARANTE”.

O Concelho




Tudo indica que Amarante deve a sua origem aos povos primitivos que demandaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça com exactidão o nome dos seus fundadores. Dá-se como certo, porém, que a urbe ganhou importância e visibilidade com a chegada de S. Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde - Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém.

Em tempos não muito longínquos, o concelho de Amarante pertencia administrativamente à província do Minho, fazendo fronteira com os concelhos de Celorico de Basto (N), Gestaço (E), Gouveia (S) e Santa Cruz de Riba Tâmega (O). Com as reformas administrativas liberais do séc. XIX desapareceram os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Riba Tâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias. Desde então o concelho estende-se por uma área de 301,5 quilómetros quadrados, a que correspondem, hoje, 40 freguesias, 18 ao longo da margem direita do rio Tâmega e 22 da margem esquerda, ocupando uma posição de destaque na região do Douro-Tâmega.

Tem uma população de 59 638 habitantes e uma densidade populacional de 197,8 habitantes por quilómetro quadrado. Rico em termos paisagísticos, para o que contribuem decisivamente as serras do Marão e Aboboreira e o rio Tâmega, o concelho de Amarante reúne também um conjunto notável de edifícios e monumentos.

No Centro Histórico da cidade merecem referência a Ponte, o Convento e Igreja de S. Gonçalo, as Igrejas de S. Pedro e S. Domingos, a Casa da Cerca e o Solar dos Magalhães. Fora da urbe, o destaque vai para os Paços do Concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, o Mosteiro de Travanca e para o românico das igrejas de Mancelos, Jazente, Freixo de Baixo, Gatão ou Gondar.

As festas grandes em Amarante, em honra de S. Gonçalo, acontecem no primeiro fim-de-semana de Junho. O feriado municipal tem lugar a 8 de Julho. No concelho, na área do artesanato, o destaque para o barro negro de Gondar, a cestaria, as rendas e os bordados, as mantas e as meias de lã.

À Descoberta de Amarante...


Amarante é um mundo novo a descobrir. Apesar de ser um concelho maioritariamente dominado pelas actividades rurais (como a agricultura, a pecuária, a sivilcultura, etc.) tem uma história bastante vasta desde a concessão de uma carta de foral que a distinguia como concelho, passando pelas invasões francesas, ás quais resistiu fortemente, até aos dias de hoje, em que é um dos maiores concelhos do distrito do Porto.

Amarante tem uma paisagem natural estupenda, constituída por várias serras onde é possível praticar actividades radicais, caminhadas, piqueniques, relaxar, ... e pelo parque florestal nas margens do rio Tâmega.

Relativamente ao seu património cultural, existe uma grande variedade de igrejas de diversos períodos da História, museus, casas senhoriais, etc., espalhadas pelas várias freguesias do concelho.

O objectivo deste blogue é descobrir Amarante e dar a conhecer o nosso concelho a toda a gente que se sinta interessada por descobrir um concelho com uma grande história e paisagens magníficas.


À Descoberta de Amarante...